Busca por registro de marca aumenta no sul da Bahia
O surgimento de uma nova visão sobre o valor da marca de empresas e produtos faz aumentar cada vez mais a procura pelo registro junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A marca passou a ser encarada como patrimônio e, em alguns casos, ela é realmente o maior ativo da empresa, o que ocorre principalmente nos setores de alimentos e vestuário. Empresários de pequenos negócios podem contar com o Programa Sebraetec, que oferece um subsídio à consultoria para abertura e acompanhamento de todo o processo junto ao INPI. Entre empresas do sul da Bahia, essa ajuda fez com que a procura pelo registro aumentasse desde 2013.
Um dos empresários que aproveitou o apoio do Sebrae na hora de registrar sua marca foi Rony Cabral, 36 anos, dono da Trip, empresa que produz e revende moda praia e esporte em Itabuna. A empresa foi criada há oito anos, mas somente agora Rony atentou para a necessidade de registrar a marca. “Abri o processo junto ao INPI no início de junho de 2014 e o apoio do Sebrae foi fundamental”, afirma o empreendedor.
“No ano passado, auxiliamos 37 empresas interessadas em registrar suas marcas e, em 2014, já foram mais de 20”, contabiliza a gerente do Sebrae Ilhéus, Claudiana Figueiredo. Ela observa que a proteção da marca é de fato um investimento necessário, que agrega valor à empresa e blinda contra a concorrência desleal.
Além do processo de registro, a consultoria subsidiada pelo Sebrae contempla eventuais ajustes na marca. “Muitas vezes, é preciso dar uma cara nova à marca e, nesse caso, entre em campo uma consultoria de criação”, explica a técnica do Sebrae Ilhéus, Andréa Muniz. Segundo ela, o registro junto ao INPI leva de dois anos a dois anos e meio, mas é um passo fundamental para o empreendedor.
“Alguns empresários já estão procurando dar entrada no registro de suas marcas antes mesmo de iniciar o negócio, o que demonstra outro nível de consciência sobre essa questão”, destaca Andréa, salientando que também ainda existem empresas em funcionamento há mais de 20 anos, sem ter qualquer proteção de suas marcas. “Não poucas vezes, quando o empresário decide registrar, acaba tendo a infeliz surpresa de que outro já o fez e aí pode ser tarde demais”, alerta Andréa.